Resenha: O Feiticeiro e sua Magia
- Gabriela Mota
- 20 de set. de 2014
- 2 min de leitura
O texto de Lévi-Strauss discorre sobre a influência da bruxaria em algumas culturas, auxiliando na cura de doenças, e beneficiando a vida dos habitantes dessa comunidade. É certo que há uma longa discussão sobre este assunto, pelo fato de muitos não acreditarem que isto seja possível, principalmente entre os estudiosos da comunidade científica.
A tribo apresentada tem o doente como aberração, e usa as complicações de sua doença para justificar o uso da magia, embora sejam contraria aos métodos da medicina avançada. Os superiores fazem com que os indivíduos acreditem que só assim é possível obter a cura, e assim, serem elevados de forma espiritual.
O que ocorre não só no grupo citado pelo texto, mas em diversos outros, é que tudo isto esta relacionado à crença pessoal. Seja qual for crer em algo maior é o que sustenta tantas comunidades, e motivo para praticar tantas coisas que, para indivíduos que estejam fora de seu círculo, são consideradas horrendas.
Não há, pois, razão de duvidar da eficácia de certas práticas mágicas. Mas, vê-se, ao mesmo tempo, que a eficácia da magia implica na crença da magia, e que esta se apresenta sob três aspectos complementares: existe, inicialmente, a crença do feiticeiro na eficácia de suas técnicas; em seguida, a crença do doente que ele cura, ou da vítima que ele persegue, no poder do próprio feiticeiro; finalmente, a confiança e as exigências da opinião coletiva, que formam a cada instante uma espécie de campo de gravitação no seio do qual se definem e se situam as relações entre o feiticeiro e aqueles que ele enfeitiça (LÉVI-STRAUSS, 1975, p. 194).
A fé, a religião e a crença, estão cravadas no individuo muito antes de seu nascimento. Os grupos religiosos estão sempre em busca de algo maior, isto resulta em como tratam a vida, eles acreditam que tudo sempre estará relacionado à religião, e que ela será sempre o principal caminho para a salvação.
A feitiçaria, como diz no texto está relacionada com a principal fonte de libertação da tribo apresentada. Não há como ter uma relação de clareza se estas pessoas fazem o certo ou não. A verdade é que, eles fazem o que acreditam, e a ideia a que foram apresentados desde jovens. Cada religião age de forma diferente, e não cabe a quem esta de fora julgar, a menos que isto prejudique a si.
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