O INDIVIDUALISMO NA COMUNICAÇÃO
- Gabriela Mota
- 21 de out. de 2015
- 2 min de leitura
É questionável a questão da imparcialidade no campo comunicacional, principalmente em âmbito jornalístico. Os jornais possuem liberdade na escolha dos temas e na forma como os abordarão. Contudo, nem sempre a impressa age de forma adequada. Por vezes, a mídia tem deixado de realizar a função a que foi atribuída – informar aos cidadãos os vários aspectos da realidade social – enaltecendo assim, alguns assuntos em detrimento de outros mais importantes.
Para entender melhor como se deu a eclosão do poder midiático é preciso voltar a anos atrás. Várias foram as tentativas de tentar reprimir o papel da mídia perante a sociedade, impondo grande censura aos principais meios de comunicação do período ditatorial brasileiro.Porém, sabe se que a impressa é essencial para a formação crítica da sociedade.
A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas. É a franca confissão do povo a si mesmo, e sabemos que o poder da confissão é o de redimir. A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê, e a visão de si mesmo é a primeira confissão da sabedoria. (MARX, 1980. p. 42).
Com o advento da Constituição Federal brasileira, de 1988, algumas normas foram alteradas. Foi contida toda e qualquer forma de censura, oferecendo grande liberdade para a impressa nacional. A mídia contraiu grande poder, tomando assim posição elevada perante a sociedade como um todo. Porém, muitas vezes usa deste poder visando o beneficio próprio, ao invés do interesse coletivo.
O processo de produção jornalística envolve interesses políticos ocultos. Dados são manipulados para que favoreçam um lado mais positivo ou negativo. Muitos diretores de jornais ditam o teor de matérias, dizem o que entra ou o que não entra, que assuntos podem ser abordados e o modo como devem tratados, sem se basear em critérios noticiosos, mas em interesses pessoais. Com isso, as informações são manipuladas e o leitor dificilmente fica a par do que realmente está acontecendo, mesmo confiando seu quadro de referências da realidade nos meios de comunicação.
A imprensa sensacionalista é ausente de princípios, e muda seu discurso de acordo com o propósito que mais lhe favoreça. Algumas vezes violando o direito do outro e o ridicularizando na sociedade. Como é o caso da escola Base, quando os proprietários foram acusados injustamente pela mídia por abuso sexual contra alunos dentro da instituição. A cobertura mal apurada por parte da imprensa destruiu a vida dos donos da escola que sofrem por isso até hoje.
留言