Resenha: A Convergência Tecnológica e o Novo Jornalista
- Gabriela Mota
- 2 de set. de 2015
- 2 min de leitura
O texto de David Renault tem início exemplificando o processo de convergência das mídias digitais. Segundo o autor, a partir de 1990 os jornais brasileiros começaram a distribuir informações em tempo real, o que incentivou o processo de transformações nas redações.
Com base no livro Natureza e transformação do jornalismo – Teorias e pesquisas empíricas (2004), o autor discorre sobre os quatro períodos do jornalismo. O primeiro corresponde ao seu surgimento no século XVII, com o jornalismo de transição e o relato dos fatos aos leitores. Logo mais, no século XIX, surge o jornalismo de opinião, por uma necessidade dos donos de jornais de envolverem-se em meio às lutas políticas.
No final desse mesmo século surge o jornalismo de informação, descobriram como comercializa-lo e transformaram-no em um negócio, visando o lucro cada vez maior. Em 1970, seria o que temos de mais próximo a nossa realidade, o chamado jornalismo de comunicação, baseado na multiplicação das mídias e seus avanços tecnológicos.
O autor nos apresenta um novo termo, o jornalista multimídia, um profissional responsável por diversas tarefas que antes eram designadas a diferentes pessoas. O novo jornalista deve estar cada vez mais antenado ao mercado e disposto a realizar funções distintas, perante pressões e cobranças.
As maiores mudanças no jornalismo ocorreram com o avanço da internet, assim os meios tiveram de se adaptar, o que ocasionou mudanças significativas na produção noticiosa e na esfera administrativa. É certo que os impressos já vinham perdendo espaço para veículos como a televisão, mais ainda assim tinham públicos diferentes.
A partir do século XX a internet ganhou espaço pela praticidade e rapidez com que apresenta suas informações. Porém, muitos jornais ainda pecam por não saber como se adaptarem as novas tecnologias. Umas das maiores discussões deste meio atualmente é sobre como obter lucro com os jornais em formato online, a maioria das mídias brasileiras disponibilizam seu conteúdo gratuito, mas segundo o autor é uma questão de tempo para que isso mude, mas antes será preciso investir em profissionais qualificados.
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